sexta-feira, 7 de agosto de 2009

«FUNCHAL»


Construído nos estaleiros dinamarqueses da firma Helsingor Skibsvaerff & Maskinbyggeri S. A., que o lançou à água em 10 de Fevereiro de 1961, este paquete português pertenceu à Empresa Insulana de Navegação. Estreou-se na linha Lisboa- Funchal, mas, devido ao sucesso das ligações aéreas, rapidamente foi colocado no circuito internacional de cruzeiros, onde a sua beleza e o seu conforto foram muito apreciados, tanto pelos passageiros nacionais como pelos estrangeiros. No início dos anos 70 as suas turbinas a vapor foram substituídas por motores diesel e o navio foi cedido (em 1974 e depois desses arranjos), à Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos; que, após 11 anos de bons e leais serviços o abateu da sua frota. O «Funchal» acabou por ser vendido à Arcadia Shipping, do armador grego George Potamianos, que era um admirador incondicional do navio e que terá dito o seguinte ao adquiri-lo : «quando o vi perdi a cabeça. O português que fez este navio espectacular era um génio. O casco é o melhor que há no mundo e, por causa do desenho, só tem metade do consumo»». Este paquete sofreu várias modernizações e, coisa rara, continua a navegar com o seu nome de origem. O «Funchal», que apesar da sua idade, rivaliza ainda com alguns dos mais modernos dos seus congéneres, mantém uma tripulação portuguesa e é reputado pela excelência da cozinha servida a bordo. Desloca umas 10 000 toneladas, mede 154,60 m de comprimento por 19,05 m de boca e pode navegar (na versão actual) à velocidade de 16 nós. Tem condições para receber 651 passageiros, distribuídos por 241 camarotes, mais ou menos grandes e confortáveis, mais ou menos caros. Em contrapartida, o tratamento reservado aos clientes a bordo é indiferenciado.

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