domingo, 9 de janeiro de 2011

«KONIGSBERG»


Cruzador ligeiro da marinha imperial alemã. Foi construído no arsenal de Kiel, lançado à água em Dezembro de 1905 e integrado nas listas da armada de Guilherme II no dia 6 de Abril de 1907. Deslocava 3 814 toneladas em plena carga e media 115,30 metros de comprimento por 13,20 metros de boca. A sua blindagem variava entre os 20 e os 100 milímetros. As máquinas a vapor de tripla expansão do «Königsberg» permitiam ao cruzador navegar à velocidade máxima de 23 nós e conferiam-lhe uma autonomia de 5 750 milhas náuticas com a marcha reduzida a 12 nós. O navio estava armado com 10 peças de artilharia de 105 mm, com 10 outras de 37 mm e com 2 tubos lança-torpedos de 450 mm. A sua guarnição era constituída por 322 homens, incluindo 14 oficiais. Depois de ter servido em águas europeias, onde foi utilizado, nomeadamente, como escoltador do iate imperial, o «Königsberg» foi enviado em 1914 para a África oriental, via canal de Suez. Foi já no oceano Índico que este navio recebeu a notícia do rebentamento da Grande Guerra e ordens para destruir todos os navios dos inimigos da Alemanha que cruzassem o seu caminho. Foi nessas circunstâncias que o «Königsberg» afundou vários mercantes de bandeira britânica, além do cruzador «Pegasus» (de 2 200 t), que foi surpreendido pelo corsário alemão ancorado ao largo de Zanzibar. Ameaçado por uma força naval inglesa, o navio germânico foi refugiar-se numa zona pantanosa e rodeada pelas florestas do delta do rio Rufigi, situada a uma centena de quilómetros a norte de Dar-es-Salam. Foi aí que o cruzador alemão foi obrigado a confrontar-se -em Julho de 1915- com a esquadra do Cabo (proveniente da Africado Sul), que compreendia, para além de vários cruzadores, um navio porta-aeronaves e duas canhoneiras, capazes de aceder ao lugar onde se refugiara o «Konigsberg». A superioridade numérica dos britânicos, aliada à utilização dos aeroplanos, foi fatal ao corsário alemão, que acabou por sucumbir aos repetidos ataques das unidades ligeiras da ‘Royal Navy’, que o incendiaram e afundaram. Este renhido combate, que terminou a 11 de Julho do segundo ano de guerra generalizada, ficou registado na História com o nome de Batalha Naval da Selva.

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