sexta-feira, 17 de junho de 2011

«MARIA CARLOTA»


Segundo do nome, este navio bacalhoeiro de bandeira portuguesa navegou entre 1932 e 1947. Era um lugre de três mastros, com casco de madeira e sem motor auxiliar. Apresentava, inicialmente, uma arqueação bruta de 212 toneladas e media 42 metros de comprimento fora a fora por 8,50 metros de boca. Estes dados seriam alterados no decorrer de várias remodelações a que o veleiro foi sujeito durante o seu tempo de vida. Funcionava com uma tripulação permanente de 5 homens (incluindo o capitão) e com uma trintena de pescadores; que tinham à sua disposição um número equivalente de dóris. Não dispomos de informações referentes ao estaleiro que o construiu, nem ao seu (ou aos seus) armador (es). Estava registado no porto da Cidade Invicta e fez inúmeras campanhas de pesca longínqua, principalmente nos grandes bancos da Terra Nova e da Groenlândia. Naufragou «por motivo de alquebramento» no Atlântico norte -a cerca de 640 milhas náuticas do porto canadiano de Argentia- no dia 4 de Novembro de 1947. Os seus náufragos (31 homens), que incendiaram o navio antes de abandoná-lo por este representar grande perigo para a navegação, foram salvos pelo navio-hospital norte-americano «Charles A. Stafford», que fazia rota da Alemanha para Nova Iorque com militares doentes. A equipagem completa do «Maria Carlota» seria transferida para Portugal, pouco tempo depois do seu desembarque na chamada Cidade dos Arranha-Céus.

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