segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

«GRIPSHOLM»


Foi um paquete da companhia sueca Svenska Amerika Linien, sedeada na cidade portuária de Gotemburgo. Foi construído, em 1925, pelos estaleiros britânicos Armstrong, Whitworth & Cº, de Newcastle-upon-Tyne. Com o nome de «Gripsholm», este navio assegurou carreiras (e cruzeiros) na linha das Américas : Nova Iorque, Caraíbas, Brasil. Isto até 1954, ano em que foi vendido ao armador alemão Norddeutscher Lloyd, que lhe deu o nome de «Berlin» e o manteve nas travessias transatlânticas. O «Gripsholm» era um navio de 18 800 toneladas, com 168,55 metros de comprimento por 22,67 metros de boca. Podia acolher 1 643 passageiros e atingir a velocidade de cruzeiro de 16 nós. A sua celebridade advém-lhe do facto de, durante e no imediato pós-guerra, ter feito varias dezenas de viagens humanitárias; sobretudo viagens de repatriamento de cidadãos de países anglo-saxónicos surpreendidos pelos trágicos acontecimentos em zonas de guerra e, a partir de 1945, com prisioneiros trocados entre as antigas nações beligerantes. As trocas de antigos combatentes (operações executadas sob a égide da Cruz Vermelha Internacional), ocorriam nos portos neutros de Estocolmo e de Lisboa, para a zona Europa, e nos portos de Lourenço Marques (a actual Maputo) e de Mormugão, na então Índia Portuguesa, para a zona do oceano Índico. O «Berlin» (ex-«Gripsholm») manteve-se no activo até meados dos anos 60 do século passado e foi desmantelado em 1966.

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