segunda-feira, 4 de junho de 2012

«JUAN CARLOS I»



Porta-aeronaves da armada de Espanha e maior unidade jamais construída para as forças navais desse vizinho ibérico. O «Juan Carlos I», definido como um navio de projecção estratégica, desloca 27 563 toneladas em plena carga, mede 280,82 metros de comprimento, 32 metros de boca e o seu calado atinge os 6,80 metros. Foi construído, em finais da primeira década do século XXI, nos estaleiros galegos Navantia, do Ferrol, e incluído oficialmente nos efectivos da armada espanhola em Setembro de 2010. Os seus propulsores desenvolvem 30 000 cv de potência, força que lhe autoriza uma velocidade máxima sustentada de 21,5 nós e uma autonomia de 9 000 milhas náuticas com andamento reduzido a 15 nós. O «Juan Carlos I» -que é um navio semelhante aos seus congéneres franceses da classe ‘Mistral’ e aos norte-americanos da mais recente classe ‘Wasp’- tem uma guarnição permanente de 243 membros e pode embarcar 1 200 tropas (geralmente fuzileiros navais) e respectivos veículos. Pode receber vários helicópteros de diferentes tipos (entre os quais o ‘Chinook’) e uma ‘ala’ de aviões ADAC/ADAV (caças AV-8B ‘Harrier’), que utilizam uma pista ‘ski-jump’ com inclinação de 12º. O seu hangar de configuração anfíbia apresenta uma superfície de 3 046 m2. Este navio, que foi igualmente concebido para servir de sede a um estado-maior operacional, tem condições para receber 103 oficiais dessa especialidade de chefia. O navio foi dotado com adequado equipamento sanitário e dispõe de um hospital de campanha, no qual não faltam salas de operações cirúrgicas, serviço de odontologia, enfermarias, raios X, laboratório, farmácia, etc. Grande parte dos modernos sistemas de armas, de detecção e de navegação montados no «Juan Carlos I» é de origem espanhola, o que permitiu dar trabalho às indústrias especializadas do país e atenuar os custos de aquisição desta unidade polivalente da armada. Ainda assim, este porta-aeronaves custou, segundo referiu a imprensa, cerca de 400 milhões de euros, facto que, em tempos de crise económica aguda, não deixou de causar polémica em Espanha.

Sem comentários:

Enviar um comentário