sexta-feira, 31 de agosto de 2012

«PATRIS II»



Este navio mercante foi lançado à água no dia 19 de Outubro de 1925 com o nome de «Patris II». Foi entregue pelo seu construtor -o estaleiro naval Swan Hunter & Richardson, de Newcastle- à casa armadora Byron Cº Ltd (de Londres), empresa filial da National Steam Navigation Cº, registada na Grécia. O «Patris II» apresentava-se como um navio com 3 903 toneladas de arqueação bruta, medindo 105,17 metros de comprimento por 14,48 metros e boca. O seu calado era de 7,28 metros. Este navio, com capacidade para receber carga frigorífica e capaz de transportar 100 passageiros em 1ª classe, 150 em 2ª e um número indeterminado de viajantes designados ‘passageiros de convés’, estava equipado com 1 máquina a vapor de tripla expansão (de 2 450 cv) e com 2 hélices, que lhe permitiam navegar à velocidade de cruzeiro de 14 nós. Hasteou durante dois anos pavilhão britânico, antes de usar a bandeira da Grécia, país para onde foi transferida a sua matrícula. Durante alguns anos, este navio assegurou uma carreira regular entre Marselha e Beirute, com escalas nos portos de Génova, Pireu, Alexandria e Nicósia. Em 1935, este navio misto (passageiros/carga) foi vendido ao armador sueco A/B Rederi Svenska Lloyd, de Gotemburgo, que lhe deu o novo nome de «Patrícia». Os seus interiores foram renovados e o navio passou a transportar -entre a Suécia e Londres- um número de passageiros limitado, que não excedia os 150. Quando rebentou a Segunda Guerra Mundial, a Suécia (que proclamara a sua neutralidade) mobilizou o navio para o integrar na sua armada e mandou-o a Itália com a guarnição completa de quatro contratorpedeiros que mandara fazer nos estaleiros desse país. Em 1940, o ex-«Patris II» foi comprado pela marinha de guerra sueca, que o transformou em navio de apoio à sua esquadra de submarinos e o utilizou até 1970. Depois, sempre na Suécia, o navio mudou várias vezes de mão. Em 1972 pertencia à firma A/B Jamsidan, de Gotemburgo, que lhe atribuiu o seu terceiro e derradeiro nome : «Gele». Completamente ultrapassado, o navio foi vendido, ainda nesse ano de 1972, a um sucateiro alemão, que o encaminhou para Espanha, país onde acabou por ser desmantelado num estaleiro especializado.

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