quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

«URANIE»

Lançada à água no ano de 1800 pelos estaleiros de La Ciotat, esta corveta francesa foi, primitivamente, um navio de combate armado com 20 peças de artilharia. Em 1816, foi convertido em navio científico e o seu comando confiado ao marinheiro fidalgo Louis-Claude de Saulses de Freycinet; que, em data do 17 de Agosto de 1817 -com uma equipagem de 126 homens- zarpou de Toulon para uma viagem à volta do mundo. A bordo seguia também a esposa de Freycinet, Rose, que ao que se disse, terá metido pé a bordo disfarçada de homem. Pouco se sabe sobre as características físicas deste pequeno navio, que desfraldava essencialmente pano redondo nos seus 3 mastros. Durante dois anos, a expedição de Freycinet percorreu mares e oceanos, visitando terras tão distantes como a Austrália, Timor ou as ilhas Marianas; onde recolheu inúmeros 'specimen' de plantas, de bichos e de fósseis. Já de regresso à Europa, o «Uranie» encalhou (no dia de Natal de 1819) no estreito de Berkeley, no arquipélago das Falkland. De onde já não foi possível removê-lo. Freycinet e a sua mulher (que lograram salvar uma parte substancial das suas colecções) regressaram a França em 1820, a bordo do navio «Mercury», que o navegador francês comprou ao seu proprietário norte-americano. Pouco depois, o casal publicou a récita do seu périplo e memórias sobre os seus trabalhos e descobertas científicas. Julgado por um Conselho de Guerra, que lhe exigiu explicações sobre a perda do «Uranie» -que, durante a sua aventurosa viagem percorrera aproximadamente 55 000 milhas náuticas- Freycinet foi ilibado de qualquer erro e promovido ao posto de 'capitaine de vaisseau'. Curiosidades anedóticas : foi durante esta expedição que, pela primeira vez, se acondicionaram as reservas de água potável em bidons de lata e não em barris de madeira. Parece que, também pela primeira vez na História da Navegação, se usaram correntes metálicas (e não cordas) para suster as âncoras de bordo.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

«TYCHO BRAHE»

'Ferry' de bandeira dinamarquesa. Foi construído, em 1991, pelos estaleiros Langsten Slip & Barbyggeri, de Tomrafjord, na Noruega, para a companhia de navegação DSB Rederi; que, ao tempo, explorava uma linha de transbordadores entre Helsingor (Dinamarca) e Helsingborg (Suécia), num trajecto de apenas 5 km. Este curioso navio tem uma proa dupla, característica que lhe confere faculdades bidirecionais, que muito facilitam as suas manobras. O «Tycho Brahe» desloca 12 000 toneladas e mede 111 metros de comprimento por 28,20 metros de boca. O seu calado é de 5,70 metros. Este navio está equipado com 4 máquinas diesel, desenvolvendo 3 350 cv de potência. A sua velocidade de cruzeiro é de 14 nós. O «Tycho Brahe» (cujo nome lembra um famoso astrónomo dinamarquês do século XVI) foi concebido para poder transportar, em cada uma das suas viagens, 1 200 passageiros, 240 veículos de turismo, 260 camiões e 9 carruagens de caminho-de-ferro. Foi, aquando da sua construção, o maior navio do mundo do seu tipo. No ano de 1997 o «Tycho Brahe» foi vendido à Scandlines e integrado na sua frota de 'ferries'.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

KEOPS (BARCA DE)

A chamada barca solar de Keops é a embarcação mais antiga que se conhece e da qual se conservam vestígios significativos. Foi encontrada em 1954, no Egipto, num sítio arqueológico explorado perto da Grande Pirâmide de Gizé. Pensam os estudiosos e peritos em construção naval que terá sido construída por volta do ano 2 800 antes de Cristo e que tenha sido realizada como barca de cerimónias para o faraó Keops, um soberano da 4ª dinastia. O casco desta embarcação -sem quilha e que navegava com o auxílio de uma vela panda e de remos- foi construído (na sua quase totalidade) com madeira de cedro importada. Na coberta desta barca existiram dois camarotes (reconstituídos, como se pode observar, na imagem anexada), sendo o maior deles coberto, no tempo do seu explendor, por um toldo; que protegia os seus ilustres passageiros dos rigores do sol africanoo. Certos detalhes permitem saber que esta embarcação foi muito utilizada. A direcção da chamada barca de Keops (hoje conservada num museu do Cairo) era assegurada por remos especiais fixados à popa. A embarcação em apreço deslocava perto de 96 toneladas e mede 43,60 metros de comprimento por 5,70 metros de boca. Os bordos da barca estavam protegidos por pranchas longitudinais. Pensa-se que este navio terá navegado no Nilo e nos mares costeiros do Mediterrâneo oriental. A sua tripulação talvez não excedesse os 12 homens; que se presume serem barqueiros seleccionados entre os mais experimentados do Egipto antigo.

«GROM»

Contratorpedeiro da armada polaca, que teve papel activo (embora modesto) durante a Segunda Guerra Mundial. Construído em 1936 nos estaleiros de J. Samuel White, de Cowes, este navio deslocava 2 183 toneladas (em plena carga) e media 114 metros de comprimento por 11,30 metros de boca. A sua propulsão era garantida por 2 máquinas a vapor desenvolvendo uma potência global de 54 000 shp, força que proporcionava a este navio de guerra uma velocidade máxima de 39 nós e uma autonomia (com andamento limitado a 15 nós) de 3 500 milhas náuticas. O «Grom» (nome que significa 'trovão', na nossa língua) estava armado com 7 peças de artilharia de 120 mm, com uma vasta panóplia de armas clássicas de menor calibre, com 4 peças AA de 40 mm, com 6 tubos lança-torpedos de 550 mm e com lançadores de cargas de profundidade. A sua polivalência permitia-lhe também exercer (quando necessário) funções de lança-minas, razão pela qual o «Grom» podia embarcar 44 desses letais engenhos. A sua equipagem era composta por 192 homens, oficiais, sargentos e praças. Concebido para o cumprimento de missões de guarda costeira e (na perspectiva de uma próxima guerra) de protecção a comboios de navios, o «Grom» esteve baseado no porto de Gdynia, antes de se juntar às forças polacas livres concentradas no Reino Unido. Participou, já depois da derrota da Polónia, apenas numa operação militar de envergadura : os raides das forças aliadas contra Narvik, na Noruega ocupada pelos nazis. A 4 de Maio de 1940, este navio foi atacado, no fiorde de Rombaken, por um avião Heinkel He.111 da 'Luftwaffe', cujas bombas o partiram ao meio, afundando-o de imediato. Do último combate do «Grom» resultou a morte de 59 marinheiros. Os restos do naufrágio do «Grom» terão sido visitados em Outubro de 1986, pela primeira vez, por um grupo de mergulhadores.

«BAEPENDY»

Este navio -um paquete- foi construído em 1899 nos estaleiros hamburgueses da firma Blohm und Voss. Pertenceu à frota da companhia alemã Hamburg-Südamerikanische, que o colocou na linha do Prata; onde operou até inícios da Grande Guerra com o nome de «Tijuca». Em 1914, o seu comandante recebeu ordens de Berlim para se refugiar num porto neutro, tendo o dito oficial optando por procurar abrigo em Recife (Pernambuco). O «Tijuca» permaneceu ali até 1917, ano em que foi confiscado (no dia 1º de Junho) com outros navios germânicos, em consequência do estado de guerra instalado entre o Brasil e os Impérios Centrais. Recebeu, desde logo, o nome de «Baependy» (em homenagem a uma cidade brasileira do estado de Minas Gerais) e passou a integrar a frota do Lloyd Brasileiro; casa armadora que o adquiriu oficialmente em 1925 e que o utilizou na sua linha costeira, depois de o ter fretado, durante algum tempo, ao estado francês. O «Baependy» era um navio com 4 800 toneladas, medindo 114,50 metros de comprimento por 14 metros de boca. Equipado com uma máquina a vapor de quádrupla expansão, este navio era capaz de navegar à velocidade de cruzeiro de 12 nós. Estava preparado para receber 450 passageiros (50 deles em 1ª classe) e uma tripulação de 60 membros. Em 1942, já em plena 2ª Guerra Mundial, as relações entre a Alemanha nazi e o Brasil degradaram-se visivelmente, pelo facto deste país da América do sul se ter alinhado sobre os Estados Unidos e, assim, contrariar os desejos de Hitler de fazer do subcontinente uma importante base estratégica do 3º Reich. Vários navios brasileiros foram, desde então, alvo de ataques dos submarinos tudescos. Foi o caso do «Baependy», que no dia 15 de Agosto desse fatídico ano de 1942 se cruzou, na costa de Sergipe (quando seguia de Salvador para Maceió), com o «U-507» (um submarino do tipo IX-C). O vapor brasileiro (que se encontrava artilhado) foi alvejado com dois torpedos, que o afundaram em apenas 2 minutos. Desse brutal ataque resultou a morte de 270 pessoas, das 306 que o paquete levava a bordo. Entre as vítimas encontrava-se o próprio comandante do navio, capitão-de-Longo Curso João Soares da Silva. Escusado será dizer que esta tragédia (um dos maiores dramas da história marítima do Brasil) teve grande impacto na opinião pública, que exigiu do governo «uma resposta firme e corajosa aos ataques dos germânicos». Em consequência dessa reacção popular, o governo abdicou -a 22 de Agosto de 1942- da sua neutralidade e proclamou o estado de beligerância entre o Brasil e a Alemanha nazi e a Itália fascista. Curiosamente, o governo brasileiro nunca declarou guerra ao Japão; pelo facto deste país da Ásia, membro do Eixo, nunca ter atentado contra bens do estado.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

«TRIUMPH»

Deslocando (ao que se disse e escreveu) à volta de 1 100 toneladas, o «Triumph» foi um dos maiores navios ingleses do seu tempo.  Considerado como um galeão, este vaso de guerra da segunda metade do século XVI foi construído em 1562, na Grande-Bretanha, pelos estaleiros de Deptford. Ao tempo, carregava umas 60 bocas de fogo de tipos e calibres diferentes. Durante o reinado de Isabel I, o poderoso «Triumph» foi usado como navio-almirante de Martin Frobisher -um dos grandes marinheiros da Inglaterra renascentista- e contribuiu grandemente para a vitória alcançada, em 1588, contra a Invencível Armada de Filipe II. O «Triumph» sofreu várias reconstruções ao longo da sua vida operacional, que lhe foram alterando a tonelagem e as características físicas. A mais importante dessas transformações foi operada em 1599. O navio ainda navegou até 1618, ano em que uma comissão da marinha real o inspecionou, considerou obsoleto e decretou o seu desmantelamento. O «Triumph», que terá tido uma guarnição de 500 homens (entre marinheiros e soldados), era um navio com 30 metros de comprimento (na quilha) e com 12 metros de boca. Isto segundo uma das raras e divergentes fontes que o citam. Parece ter sido equipado com 4 mastros, nos quais desfraldava pano redondo e latino. Curiosidade : a imagem anexada mostra um galeão isabelino, contemporâneo do navio em apreço.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

«CAPETOWN CASTLE»

Construído em Belfast pelos estaleiros Harland & Wolff  (que o lançaram ao mar no dia 23 de Setembro de 1937), este paquete pertenceu à frota da companhia britânica Union-Castle Line, que o colocou, em 1938, na linha África do Sul-África Oriental. O «Capetown Castle» era um navio com 27 000 tomeladas de arqueação bruta, medindo 224 metros de comprimento por 25,15 metros de boca. A sua propulsão era assegurada por 2 máquinas diesel desenvolvendo uma potência global de 24 000 bhp. Uma força que lhe permitia deslocar-se à velocidade máxima de 22,5 nós. A sua carreira comercial foi interrompida em 1940 por causa da Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito, este paquete, que entretanto fora transformado em navio de transporte militar, percorreu 484 000 milhas náuticas e recebeu a bordo 164 000 militares. Terminado o conflito, o «Capetown Castle» sofreu grandes trabalhos de transformação, antes de ser devolvido (em Janeiro de 1947) ao seu armador e à actividade civil. Tinha, nessa altura, capacidade para 776 passageiros. Voltou à linha de África, mas também efectuou algum serviço de cruzeiros. Foi, aliás, durante uma excursão às Canárias (em Outubro de 1960) que este navio sofreu o maior e mais dramático percalço da sua vida civil. Nesse dia, quando chegava ao porto delas Palmas, o paquete foi sacudido por uma violenta explosão -ocorrida na casa das máquinas- que causou a morte de 7 dos seus tripulantes. O «Capetown Castle» navegou até meados dos anos 60 do século XX. Em 1967 foi considerado obsoleto e encaminhado para um estaleiro naval de La Spezia (Itália), onde se procedeu ao seu completo desmantelamento.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

«ORPHEUS»

Corveta da armada real britânica pertencente à classe 'Jason'. Este navio foi lançado à água em 1860 pelos estaleiros navais de Chatham, no Reino Unido. Era um navio de propulsão mista (vapor/vela), que deslocava 2 365 toneladas em plena carga e que media 69 metros de longitude por 12 metros de boca. O seu calado atingia a cota máxima de 6 metros. A «Orpheus» içava velame redondo e latino nos seus 3 mastros e estava equipada com 1 máquina -desenvolvendo uma potência nominal de 400 cv- e com 1 hélice. A sua velocidade ultrapassava os 11 nós. Do seu armamento constavam 20 peças de artilharia de 8 polegadas, mais 1 outra (montada sobre 'pivot') de 7 polegadas. A guarnição deste navio de Sua Majestade era constituída por 258 homens, incluindo oficiais. Enviada para os mares da Oceania em 1862, a «Orpheus» chegou à Nova Zelândia no mês de Janeiro do ano seguinte, para ali participar nas guerras contra as sublevadas populações indígenas (os Maoris) desse longínquo território. Mas, na sua viagem entre Sidney e o seu destino final (Aukland) e já muito perto do termo, este navio seguiu uma rota extremamente difícil, que o conduziu, inexoravelmente, a um desastroso e irreversível encalhe. Com a corveta imobilizada, a força das ondas rebentou portas e escotilhas e provocou a inundação do navio. Navio que transportava um reforço de tropas e de material para a campanha militar em curso. Apesar dos socorros que afluiram ao lugar do sinistro (e que salvaram parte da tripulação e dos passageiros da corveta), houve a lamentar a morte de 189 pessoas. O drama da «Orpheus» causou grande pesar em todo o Império Britânico, até pelo facto dos desaparecidos serem muito jovens. Pois, ao que consta, havia a bordo do malogrado navio (onde a média de idade era de 25 anos) grumetes e 'outros aprendizes de marinheiro' com idades compreendidas entre os 12 e 18 anos. A tragédia da corveta «Orpheus» (afundada em Manukau Harbour, na costa da Nova Zelândia, no dia 7 de Janeiro de 1863) foi uma das mais terríficas da História desse país dos antípodas e, passados tantos anos, ainda hoje é recordada pela população local. Inclusivamente pelos Maoris, que vêem nela um castigo divino. Com efeito, e refira-se isto a título puramente anedótico, na véspera do desastre um colono branco da região de Aukland havia derrubado à machadada -perante grande indignação dos autóctones- um 'puriri', árvore sagrada dos Maoris. O que, segundo a sua crença, terá provocado a cólera dos deuses e o consequente e castigador naufrágio do HMS «Orpheus».

«JOSEPH CONRAD»


Este navio -um veleiro de 3 mastros, com casco de aço- foi construído em 1882 nos estaleiros da firma Burmeister & Wain, de Copenhague. Usou o primitivo nome de «Georg Stage» e iniciou a sua carreira com bandeira dinamarquesa e como navio de treino de marinheiros. Em 1934, já com mais de meio século de uso, foi adquirido por Alan Villiers (conhecido marinheiro-escritor), que lhe deu o nome do romancista Joseph Conrad e que com este veleiro percorreu todos os oceanos do planeta. O seu périplo mais famoso foi uma viagem à volta do mundo (com uma tripulação maioritariamente constituída por jovens), que se iniciou em Ipswich (Reino Unido) e terminou em Nova Iorque, com passagens pelo Rio de Janeiro, Cidade do Cabo, portos da Ásia, Sidney, Nova Zelândia, Taiti e cabo Horn. Durante essa viagem, que terminou em 16 de Outubro de 1936, foram percorridas cerca de 57 000 milhas náuticas. Apesar das receitas resultantes da venda dos três livros que publicou, Villiers foi à falência e não pôde conservar o «Joseph Conrad»; que acabou por ser vendido a uma instituição dos Estados Unidos presidida por George H. Hartford. Em meados do século passado, este veleiro foi transferido para a associação Mystic Seaport (sedeada no estado do Connecticut), onde ainda hoje se encontra e funciona, simultaneamente, como unidade estática de treino e como navio museu. Este veleiro apresenta as seguintes características : 216 toneladas de deslocamento; 36 metros de comprimento fora a fora; 7,70 metros de boca; 3,70 metros de calado. Curiosidade : a imagem anexada mostra o navio em apreço, representado numa tela do pintor Charles Vickery (1913-1998).

domingo, 2 de fevereiro de 2014

«KOSMONAUT YURI GAGARIN»

Navio científico que hasteou, durante quase duas décadas, a bandeira vermelha da União Soviética. Pertenceu à frota da Academia de Ciências da U.R.S.S. e foi concebido para rastrear e monitorizar comunicações via satélite, nomeadamente quando as órbitas dos engenhos não-tripulados que as emitiam se desenvolviam fora das fronteiras nacionais. Este navio (que também participou activamente no programa russo-americano Apollo-Soyous) teve um irmão gémeo no «Academik Serghei Karolev»; que, tal como o «Kosmonaut Yuri Gagarin» foi mandado para a sucata logo após o colapso dos regimes comunistas do leste europeu. Estes navios caracterizavam-se fisicamente pelo seu grande porte (53 500 toneladas) e pelas suas impressionantes antenas parabólicas, fixadas em 4 torres implantadas ao longo do casco. O «Kosmonaut Yuri Gagarin» -nome que lhe foi atribuído para honrar o primeiro herói do espaço- media 230 metros de comprimento por 31 metros de boca. Foi construído nos Estaleiros do Báltico de Leninegrado (a actual cidade de São Petersburgo), que o deram por concluído em 1971. Era um navio de propulsão clássica (turbinas a vapor), que gozava de uma autonomia de 24 000 milhas náuticas (com andamento reduzido) e que podia atingir a velocidade máxima de 17,7 nós. A sua guarnição era composta por 160 oficiais e marinheiros. 180 técnicos e cientistas podiam tomar lugar a bordo e ali desenvolver os seus trabalhos. Aquando do colapso político da União Soviética, o «Kosmonaut Yuri Gagarin» encontrava-se baseado num porto do mar Negro, de modo que passou a pertencer à Ucrânia, nova nação que se responsabilizou pela sua desactivação e pelo seu pouco glorioso fim. Recheado com moderníssimos sensores, sistemas de processamento e outro equipamento electrónico de topo, o «Kosmonaut Yuri Gagarin» não tinha, no entanto e apesar do seu tamanho, uma pista para operar helicópteros.