segunda-feira, 17 de março de 2014

«SYREN»

'Clipper' de 3 mastros, construído em 1851 pelo estaleiro naval de John Taylor (em Medford, Massachusets). Navio de bandeira norte-americana, teve vários proprietários nos Estados Unidos, a saber : Silbee, Pickman & Cº, de Salem, Joseph Hunnewell, de Boston, Charles Brewer, de Honolulu, e William H. Besse, de New Bedford. Esteve implicado no transporte de emigrantes e de carga geral, da costa leste para a Califórnia, tendo, para esse efeito, executado cinco viagens transoceânicas via cabo Horn. Navegou regularmente nas rotas do Oriente, do Hawai e da América do sul. Depois disso, esteve em actividade nos mares árcticos, de onde transportou óleo e outros produtos baleeiros para New Bedford. Apesar de não gozar da reputação de ser um navio rápido, mediu-se, no entanto, com vários dos seus reputados congéneres («Northern Light», Belle of the Seas», «Sierra Nevada», «Mary Robinson», etc), ganhando brilhantemente algumas corridas de longo curso. Durante a sua duradoura carreira, o «Syren» sobreviveu a encalhes, abalroamentos e a tremendas tempestades, sobretudo na zona de confluência do Atlântico com o Pacífico. Em 1888, quando se encontrava no Rio de Janeiro, foi julgado inapto ao serviço e desactivado. Ainda assim, foi vendido a um armador argentino -que o restaurou, lhe deu o novo nome de «Margarita» e o utilizou até depois do final da Grande Guerra- fazendo do ex-«Syren» campeão de longevidade dos veleiros de grande porte. O «Syren» (uma galera) era um navio de 1 064 toneladas, medindo 58 metros de comprimento por 11 metros de boca. Desconhece-se o ano e circunstâncias em que deixou definitivamente de navegar.

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