segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

«AMAPÁ»

Canhoneira fluvial da Armada do Brasil. Pertenceu à classe 'Acre', da qual foram construídas quatro unidades, a saber : a «Acre», a «Juruá» e a «Missões», para além da «Amapá», aqui em apreço . Construída no estaleiro Yarrow & Company de Poplar (G.B.), esta canhoneira foi armada no Arsenal de Marinha do Pará (em 1906) e logo integrada na marinha de guerra brasileira. Pertenceu à chamada Flotilha do Amazonas (sedeada em Belém do Pará), cuja incumbência era patrulhar as águas do grande rio e as de alguns dos seus tributários. A «Amapá» (cujo nome homenageava o território homónimo, que receberia o estatuto de estado federal em 1991) era uma embarcação que podia deslocar 200 toneladas em plena carga e que media 36,30 metros de comprimento por 6,60 metros de boca. O seu calado era mínimo, pois cotava apenas 0,85 metros. Navegava com o auxílio de 1 máquina a vapor desenvolvendo uma potência de 300 h.p., que consumia, diariamente, 6 toneladas de carvão e/ou achas de lenha. O seu andamento de cruzeiro era de 6 nós, mas a «Amapá» podia atingir (quando necessário) a velocidade máxima de 11 nós. Tinha uma autonomia de 6 200 milhas náuticas. Do seu armamento constavam 1 canhão de 87 mm, 1 lança-morteiros de 57 mm e 4 metralhadoras de 7 mm. A sua guarnição era constituída por 30 homens. O episódio mais marcante da vida desta canhoneira ocorreu no dia 8 de Outubro de 1910, quando abriu fogo contra a capital do Amazonas e foi protagonista do chamado 'Bombardeio de Manaus'. Este incidente foi provocado por desentendimentos entre proeminentes figuras da política local, que arrastaram para as suas zangas a polícia e as forças armadas; nomeadamente a Flotilha do Amazonas. A canhoneira «Amapá» foi oficialmente desmobilizada e desarmada a 12 de Fevereiro de 1917. Ignora-se a data e lugar do seu desmantelamento.

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