domingo, 7 de dezembro de 2014

«SAGRES»

. Corveta da Marinha de Guerra Portuguesa, que exerceu, durante alguns anos, as funções de navio-escola; sendo o primeiro de todos eles a usar esse nome. Com casco em madeira e 3 mastros, foi construído em 1858 nos estaleiros ingleses da firma Young, Son & Magnay, de Limehouse. Era um navio de propulsão mista, pois para além do velame que usava (e que armava em galera), a corveta «Sagres» estava equipada com 1 máquina a vapor de baixa pressão (4 caldeiras), desenvolvendo uma potência de 300 cv e proporcionando ao navio uma velocidade superior a 12 nós. Esta unidade da Armada Real (cuja guarnição era de 137 homens) deslocava 1 382 toneladas e apresentava as seguintes dimensões : 79 metros de comprimento (ff) por 9,90 metros de boca por 4,47 metros de calado. O mastro grande culminava a 32,50 metros. O armamento de origem deste navio era constituído por 4 canhões de 76 mm, mas foi-se alterando durante a vida operacional do dito, chegando a atingir as 10 peças. Durante a sua vida activa, esta «Sagres» cumpriu missões diplomáticas em vários portos estrangeiros (Southampton, Antuérpia, Bordéus, Vigo, Gibraltar, Génova, Tânger, Pernambuco, Salvador, Rio de Janeiro, etc) e missões de soberania em águas de Angola, onde permaneceu muitos anos e onde ajudou na repressão do tráfico de escravos. Em  meados do mês de Novembro de 1876, já em estado de obsoletismo evidente, o navio foi desarmado e preparado para acolher a recém-criada Escola de Alunos Marinheiros do Porto. Mas só recebeu os seus primeiros instruendos em 1884. Cumpriu essa função, no Douro, até 1898, ano em que passou essa responsabilidade para a sua congénere «Estephanea». A corveta «Sagres» foi desmantelada pouco depois, em data incerta.

Sem comentários:

Enviar um comentário