sábado, 25 de julho de 2015

«AGOSTINO BARBARIGO»

Submarino italiano pertencente à classe 'Marcello'. Foi construído nos estaleiros CRDA de Monfalcone, que o lançaram ao mar em 1938. Era um navio com 1 334 toneladas de deslocamento (em imersão), que media 73 metros de comprimento por 7,20 metros de boca. De propulsão eléctrico/diesel, podia atingir uma velocidade máxima de 17,4 nós à superfície e de 8 nós em configuração de mergulho. Estava armado com 8 tubos lança-torpedos de 533 mm, com 2 peças de artilharia de 100 mm e com 4 metralhadoras de 13,2 mm. A sua tripulação era composta por 58 oficiais, sargentos e praças. A sua área de acção estendia-se do Mediterrâneo até ao oceano Atlântico. Durante a 2ª Guerra Mundial, em 1942, fez a primeira tentativa para afundar um navio mercante brasileiro -o «Comandante Lyra»- que logrou, no entanto, escapar aos seus ataques. O «Agostino Barbarigo» fugiu durante cinco dias à perseguição da aviação naval brasileira, cujos B-25 o chegaram a localizar. Coisa curiosa é o facto de ter sido comandado por um oficial nascido em São Paulo, de nome Enzo Grossi; que depois de ter sido usado pela propaganda fascista, entrou em desgraça e foi despromovido a soldado raso e integrado na infantaria. Atribui-se a este submersível da frota mussoliniana o afundamento de 3 navios mercantes britânicos, 1 cargueiro norte-americano e do paquete brasileiro «Affonso Penna». Todos destruídos entre meados de Julho de 1941 e Março de 1943. Diz-se, igualmente, que foi o responsável pelo soçobro do «Monte Igueldo», um cargueiro com a bandeira de Espanha, que era uma nação com o estatuto de não-beligerante. O «Barbarigo» (que usava o nome de um doge de Veneza) sucumbiu, em 17 de Junho de 1943, a um ataque da aviação aliada, quando se encontrava em operações no golfo de Biscaia. Não houve sobreviventes. Nota : a silhueta que ilustra este 'post' é a de um submarino da classe 'Marcello', à qual pertencia o navio em apreço.

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