sábado, 4 de julho de 2015

«CATALINA»


Este navio foi construído em 1918 no Reino Unido pelos estaleiros da firma Smith's Dock Cº, de Middlesbrough. Foi, inicialmente, uma canhoneira da 'Royal Navy', que operou, até 1920, com o nome de «Kilkeel». Foi, depois, transformado em navio de pesca, usando (até 1927) o designativo de «Falconer». Dois anos mais tarde, em 1929, este navio foi comprado pelo consórcio C. A. Moreira/Sociedade Exploradora de Transportes, da Cidade Invicta, que o registou na capitania do Porto com o seu derradeiro nome : «Catalina». Apresentava 632 toneladas de arqueação bruta e media 55,50 metros de comprimento por 9,08 metros de boca por 4,70 metros de pontal. Estava equipado com 1 máquina a vapor de tripla expansão, desenvolvendo uma potência de 94 nhp, força que lhe facultava uma velocidade máxima de 14 nós. Foi utilizado, nos tempos em que hasteou a bandeira verde-rubra, no comércio com os países da Europa do norte e com o Canadá, mas também com Cuba, país das Caraíbas onde chegou a ir fazer carregamentos de açúcar. Aquando da sua última viagem, levava a bordo uma tripulação de 18 homens, sendo 10 deles ilhavenses. No dia 15 de Janeiro de 1942, por volta das 11 h 34, quando navegava entre Fortune Bay e a Terra Nova (onde ia carregar bacalhau frescal), foi interceptado e atacado pelo submarino alemão «U-203». O torpedo disparado pelo submersível germânico, atingiu o «Catalina» a meia-nau, provocou uma explosão e ditou a sorte do navio português (e neutro), que se afundou em apenas 2 minutos. Não houve sobreviventes. Curiosidade : o «Catalina» foi um dos muitos navios da nossa marinha mercante a ser afundado, durante a 2ª Guerra Mundial, pela 'Kriegsmarine', que, assim, desrespeitou o estatuto de neutralidade do nosso país. Evocando 'erros', a Alemanha nazi chegou a indemnizar os proprietários de alguns deles.

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