terça-feira, 11 de agosto de 2015

«INHAMBANE»

Navio de utilidade mista (carga/passageiros) que passou a usar bandeira portuguesa a partir de 1916. Chamava-se originalmente «Hessen» e foi um dos 7 navios germânicos apresados nos portos moçambicanos por via da ordem de requisição decretada a 23 de Fevereiro desse mesmo ano de 1916. Foi construído na Alemanha, em 1912, pelos estaleiros J. C. Tecklenburg, de Geestmunde. O seu primeiro proprietário foi a companhia Deutsch-Australische D. G., com sede em Hamburgo. Apresentava-se como um navio com 5 943 toneladas de arqueação bruta, medindo 143 metros de comprimento fora a fora por 17,45 metros de boca. Dispunha de uma máquina a vapor com 3 600 Ihp de potência. Vocacionado para o porte de carga geral, podia, no entanto, receber 9 passageiros em camarotes concebidos para esse efeito. Depois do seu arresto no porto de Lourenço Marques, foi entregue aos Transportes Marítimos do Estado. Em 1925, passou para as mãos da Sociedade Geral, que era propriedade de Alfredo da Silva e tributária da Companhia União Fabril. Onde se manteve, com uma tripulação de 45 homens, até 1955, assegurando carreiras para os portos da Europa e da África então portuguesa, mas não só. No ano acima referido, foi vendido ao armador grego A. Frangistas Manessis, que lhe mudou o nome para «Vassiliki» e o registou em Porto Rico. Ainda navegou até 1959, ano em que, considerado obsoleto, foi vendido como sucata e desmantelado em Hong Kong. O «Inhambane» era gémeo do «Cunene», também ele presa de guerra e apresado na mesma data e em idênticas circunstâncias.

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