quinta-feira, 10 de setembro de 2015

«GUGLIELMO MARCONI»

Belíssimo paquete de bandeira italiana, construído em 1963 nos estaleiros Cantieri Riuniti Adriatico de Monfalcone, por encomenda do armador Lloyd, de Itália. Que o destinou (assim como o gémeo «Galileo Galilei») à sua linha de longo curso Génova-Sydney, frequentada por muitos emigrantes, desejosos de se instalarem na Austrália. O paquete «Guglielmo Marconi» apresentava 27 905 toneladas de arqueação bruta e media 213,65 metros de comprimento por 28,70 metros de boca. O seu sistema propulsivo, constituído por 4 máquinas diesel, desenvolvia uma potência de 35 365 kW, que lhe asseguravam uma velocidade de cruzeiro de 24 nós. Este paquete podia transportar 1 600 passageiros, distribuídos por duas classes distintas e oferecendo novos padrões de conforto aos viajantes da classe mais modesta. Na década de 70 da passada centúria, com a subida vertiginosa do preço do petróleo e com a concorrência da aviação comercial, o «Guglielmo Maconi» deixou de ser rentável e foi retirado da linha da Austrália em 1974. Dois anos mais tarde, este navio passou a usar as cores da companhia Italia di Navigazione SpA e colocado na linha Itália-Brasil-Argentina, que partia de Nápoles e tinha o seu término em Buenos Aires. Em 1979, o navio foi vendido à Italian Cruises International, que o adaptou à indústria dos cruzeiros e o pôs a navegar para vários destinos turísticos do mar das Caraíbas. Pouco depois, com a falência desta empresa, o navio passou para mãos do famoso armador Costa, que o manteve na mesma actividade com o nome de «Costa Riviera». E que, entre 1993 e 1994, o fretou à A. F. C. (American Family Cruises), que o utilizou para viagens de lazer (a baixo preço) às Antilhas e ao Alasca. No limiar do século XXI, o navio foi considerado obsoleto e imobilizado, até que, em 2001, lhe arranjaram um comprador, um sucateiro, que o mandou desmantelar num estaleiro especializado de Alang, na Índia (2002).

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