quinta-feira, 3 de setembro de 2015

«JOHN BELL»

Veleiro puro aquando do seu lançamento à água, em 1854, o «John Bell» (pertença de companhia homónima) foi construído, em aço, pelo estaleiro da firma Alexander Stephen & Sons, de Glásgua. Apresentava 1 101 toneladas de arqueação bruta e media 70,40 metros de longitude por 10,10 metros de boca. Arvorava 3 mastros vestidos com pano redondo e foi concebido para o transporte transoceânico de passageiros e frete. Em 1857, o navio foi equipado com uma máquina a vapor, que desenvolvia uma potência de 250 cv e que estava acoplada a 1 hélice. Esteve, por conta da Anchor Line (em regime de aluguer e, depois, de propriedade plena), nas carreiras que ligavam Glásgua a Nova Iorque e a diversos portos do Canadá, como os de Montreal e Québec. Em 1858, foi alugado pelo governo britânico para transportar tropas para a Índia, onde rebentara a chamada Revolta dos Cipaios. Depois, o navio regressou às suas rotineiras travessias transatlânticas, transferindo para a América do norte um número importante de emigrantes, atraídos pelas perspectivas de vida melhor oferecidas pelo Novo Mundo. Em 1862 foi vendido à companhia J. & A. Allan, que o manteve nas mesmas rotas, mas que lhe alterou, no ano seguinte, o nome para «St. Patrick». Em 1875, passou a ser propriedade do armador alemão CMD Jorgensen, que o guardou até 1894. Nesse ano foi cedido a um armador italiano (B. Fravega), que lhe retirou toda a maquinaria e que o transformou, uma vez mais, em veleiro integral. Pouca coisa se conhece sobre a sua actividade nessa época. Sabee-se, no entanto, que -já com o derradeiro nome de «Diamante»- foi enviado para a sucata em 1905 e que foi desmantelado num estaleiro especializado de Génova nesse mesmo ano. Diz quem nele navegou nos seus tempos áureos (presume-se que não os passageiros do porão), que este navio era confortável, rápido e que tinha linhas esbeltas, das mais bonitas de então.

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